No homem adulto normal, não há tecido mamário palpável. A ginecomastia apresenta-se como uma massa na região mamária, palpável, variando de 1,0 a 10 cm de diâmetro. Ela apresenta-se geralmente unilateral, podendo desenvolver-se, após meses ou anos na outra mama. Quando as duas mamas estão comprometidas, pode haver assimetria e a história de desenvolvimento, seqüencial ou simultâneo, é importante.
O mamilo e a aréola raramente apresentam mudanças significativas, embora hipertrofia dos mamilos e alargamento das aréolas possam ocorrer. Os sintomas limitam-se à massa palpável e pouca dor à palpação, principalmente nos adolescentes, porém na maioria dos casos, a doença é assintomática.
A maioria dos casos de ginecomastia apresenta-se na puberdade, com uma incidência de 65% entre os jovens de 14 e 15 anos. Essa condição desaparece durante os últimos anos da adolescência, apresentando-se apenas em 7% aos 17 anos de idade. A incidência aumenta com a progressão da idade, atingindo até 30% nos homens idosos.
As diferentes causas de ginecomastia determinam a abordagem terapêutica mais apropriada. O uso abusivo de bebida alcoólica e maconha podem predispor ao desenvolvimento da doença. A causa mais comum é um aumento nos estrógenos, uma diminuição nos andrógenos, ou um déficit nos receptores androgênicos. Ou seja, os fatores hormonais constituem a causa principal desta disfunção.
Se a causa for puberdade, é melhor esperar pelo menos dois anos para a regressão espontânea ocorrer. Curiosamente, temos detectado que os garotos que modelam o corpo nas academias de ginástica desenvolvem a ginecomastia. Na pressa de resultados, ingerem esteróides, causando a deformidade, que só pode ser resolvida cirurgicamente. Existem outras causas de ginecomastia. Nos casos de homens de idade mais avançada, o uso de medicação no tratamento das úlceras gástricas, tumores da glândula mamária e alterações hormonais exigem uma maior investigação clínica.